Se a ideia é distribuir aconchego pela casa, a sala merece um tratamento especial. Afinal, é um espaço que precisa dar vontade de ficar. Para começar, aposte nas fores. “Elas passam a sensação de que há vida no ambiente”, diz a arquiteta Fernanda Moreira Lima, autora desta decoração.
Sofá gostoso (forrado de camurça sintética, da Marché Art de Vie) e luz suave também são indispensáveis – aqui, Fernanda embutiu iluminação indireta na estante e, quando só esses pontos estão acesos, todo mundo fica mais relaxado. Fotos de natureza completam o clima. “O verde é um repouso para os olhos.” Mesas de centro da Casual Interiores, cortina da Uniflex, fotos impressas em papel algodão de Fabiano Al Makul.
Quem gosta de acolher os amigos em casa sabe que é nos detalhes que a gente mostra atenção e afeto. Um enfeite aqui e um arranjo ali espantam qualquer sensação de frieza. Neste projeto de Fernanda Moreira Lima, não há como não se encantar com os mimos no lavabo e a bandeja do bar, na sala. Pretende passar um filminho? Uma manta fica a postos na poltrona. “No frio, todo mundo vai querer sentar ali”, diz Fernanda. A cor solar da peça escolhida por ela ajuda a aquecer a decoração de tons neutros. E o abajur, então? Sua luz é um recurso infalível para uma atmosfera de aconchego.
A bandeja de prata que apoia o bar é da Conceito Firma Casa. Mesa e abajur da Érea. Poltrona Womb, da A Lot Of, manta da Olho Interni e tapete da Avanti.
O calor do fogo, os encontros em volta da mesa – a cozinha já é um ambiente propício ao aconchego, mas pode ficar ainda melhor.
A manta traz aconchego e é ótima aliada no inverno.
Uma simples sopa vira uma coisa divina se for acompanhada de toalha de renda e guardanapos de pano. “Esses elementos produzem um cenário familiar”, diz o arquiteto René Fernandes Filho, autor do projeto.
O clima se espalha para a sala, onde René amenizou o pé-direito duplo aplicando uma cor escura sob a escada e usando um pendente que delimita o espaço. “Chamo isso de ‘efeito caverna’: criar envolvimento.”
Quando saímos da área social e vamos para os espaços mais íntimos, a ideia de aconchego parece ficar ainda mais forte, e as sensações que a casa desperta, mais importantes. Nesta sala de lareira, criada para o deleite de um casal, o fogo tem a função de relaxar, além de aquecer. “Observar as chamas nos deixa apaziguados”, diz a designer de interiores Neza Cesar, que assina o ambiente. O cor-de-rosa remete ao amor. No papel de parede, textura e estampa lembram um bordado: elemento com história, assim como a mesa lateral antiga. “Resgatar memórias traz afetividade”, afirma Neza.
Papel de parede da Orlean e tinta rosa da Lukscolor (ref. LKS 726*). O sofá foi executado pela Tapeçaria Monelli. Tapetes da Phenicia Concept e foto de Sergio de Divitiis.
Chegamos aos templos de bem-estar da casa – o banheiro e o quarto, onde você revigora as energias. Motivo sufciente para caprichar no aconchego. Que tal um banho à luz de velas? “A chama é um recurso efcaz para induzir ao relaxamento”, ensina o arquiteto René Fernandes Filho.
Complete o cenário com um tapete quentinho e chinelos felpudos. Tapete da Oka Design.
No quarto, o enxoval dá o tom do conforto: “Use lençóis gostosos, que deem vontade de pular na cama”, sugere René. A capa de tecido amacia a cabeceira e as paredes também restauram graças à repousante cor de lavanda.
Lençóis da Trousseau, almofadas da Conceito Firma Casa e manta do Mundo do Enxoval. Na parede, cor Nuvem de Algodão* (Suvinil).
Além de se esmerar na decoração, é preciso permitir que a casa nos propicie bons momentos. Você já pensou em criar um canto de leitura? Ele é a expressão máxima do aconchego: uma poltrona confortável que abraça quem senta, uma mesa de apoio e a companhia dos livros. “A luz natural é convidativa para ler, mas também não pode faltar uma luminária adequada”, diz René Fernandes Filho. Poltrona da Paschoal Ambrósio revestida de tecido da JRJ.
Outra ideia irresistível: servir o café da manhã ou o lanche da tarde ao ar livre. Se você usar louças antigas, o charme será total. “Peças tradicionais remetem às reuniões de família.” As louças inglesas são acervo do morador.
Rede feita por índios do Xingu (Brasil Arte).
Fonte: casa.abril.com.br