A Casa Cor 2016 começou nesta terça-feira (dia 17) e muitos ambientes prestam tributo à beleza nacional. Fomos conferir de perto todas as novidades que os profissionais de decoração apresentaram este ano e trouxemos os detalhes desses projetos. Confira!

Logo ao entrar no Jóquei Club, nos deparamos com a instalação do estreante Otto Felix. O Pavilhão da Recepção é estruturado de forma geométrica, desigual e desconstruída, tanto na parte externa quanto interna.

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O ambiente apresenta uma composição irreverente, que usa a estrutura das vigas para decorar. Materiais naturais, como madeira e linho são combinados com uma paixão nacional: a samambaia.

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Ao seguir, passamos por um túnel com iluminação baixa e um grande paredão de jardins verticais. Em frente, podemos contemplar o retorno do arquiteto e paisagista Alex Hanazaki, que não expunha na Casa Cor desde 2008.

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Com um espaço intitulado Praça Eliane, ele imprimiu o conceito do tropicalismo brasileiro, mesclando sempre a delicadeza da natureza com elementos brutos, como pedras e concreto. “Propositalmente, a pouca luz do corredor faz com que as retinas dos olhos do público se fechem e então estimulem um sentimento de mistério e expectativa, que ao final do percurso, logo se abre para a contemplação da área externa”, explica o arquiteto.

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Unindo o porcelanato com espécies botânicas, como a nossa árvore-relíquia, Pau Brasil, Hanazaki mostra a preocupação em não perder a essência. Assim, ele conseguiu criar um espaço com revestimentos industrializados, mas sem deixar de lado a estética da natureza.

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Passando para o primeiro ambiente no prédio do ambulatório, fomos recebidos por Roberto Cimino e Celso Amorim e seu Hall Biblioteca. Enquanto os arquitetos contavam a forma que procuraram inspiração na Semana de Arte Moderna de 22, pudemos observar elementos que remetem à nossa cultura, como livros antigos da literatura nacional, cestarias Xingu, e obras de Tarsila do Amaral e Alfredo Volpi. Tudo isso ornado com folhas Costelas de Adão em uma instalação no teto e palmeiras no papel de parede.

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No piso superior, outra dupla buscou referência na arte brasileira, Julio Cesar Dantés e Marcelo Cohen. Entrando na Saleta do Hobby, temos os olhos voltados para as obras fotográficas “A Trança’’, de Robério Braga e a ousada  Os Olhos de Medusa’’, de Rogerio Neves. O cômodo ainda abriga imagens de profissionais como Juan Guerra e Marcelo Magnani.

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Dantés nos contou um pouco sobre o projeto que desenvolveu em parceria com Cohen, mostrando, uma por uma, as fotos enquadradas. O resultado pode ser visto no menor ambiente da mostra, com uma seleção que faz com que ele pareça uma galeria de arte.

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Esther Giobbi mostrou a veia artística nacional. Quem entra em seuEstúdio de Criação, tem a impressão de estar em uma mata tropical. Por todo o ambiente, há peças assinadas pelos consagrados designers Irmãos Campana, caso da cadeira Cangaço e uma escultura em murano na parede.

Um armário revestido em fibra de coco foi uma solução ousada para utilizar materiais naturais. As paredes em lambe-lambe e as folhas de Costela de Adão penduradas nos cantos criam um clima tipicamente brasileiro.

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Fonte: site westwing.com.br