As cores criam diferentes atmosferas e influenciam nosso estado de ânimo, elevando ou reduzindo a sensação de bem-estar. Percebemos os efeitos de um matiz por meio de uma rede de relações que estabelecemos em diferentes contextos espaciais, visuais e psicológicos.
As cores não interferem por si mesmas nos espaços e sobre nosso bem-estar: as interações se dão via formas, estilos e texturas, por exemplo. Paladar, olfato, tato, audição, sensação de frio ou calor, etc., também associam-se à sensação cromática. Assim, a maneira como cada tom é aplicado é determinante para a análise de qualquer efeito psíquico que ele possa provocar.
Todavia, o estado emocional de quem percebe o matiz também tende a influir sobre a sensação captada. “Se você está de mau humor, cores e formas podem passar desapercebidas ou serem vistas de maneira distorcida, com conotações negativas”, exemplifica Lilian Ried Miller Barros, arquiteta, especialista em percepção visual e professora do Universo da Cor – Centro de Estudos sobre as Cores.
Outro aspecto da simbologia das cores é a forma como cada unidade cromática está relacionada aos costumes socioculturais. Esse relacionamento muda com o tempo, adequando-se a novos hábitos. “A influência das cores sobre nós não é algo mensurável e nem padronizável. O cenário que captamos com os olhos é o resultado de todos esses fatores”, diz a arquiteta.
Gosto não se discute
Na hora de escolher a cor predominante do ambiente que você pretende decorar, comece analisando o espaço, as formas que farão parte da composição e então os matizes que serão adotados. Nesse processo, é muito importante observar também as preferências cromáticas dos indivíduos que usarão o cômodo; os níveis de contrastes e claridade; e quais as combinações se encaixam melhor na atmosfera pretendida.
Um dormitório pintado em um tom suave de azul, por exemplo, pode parecer, em princípio, a receita para um ambiente relaxante. No entanto, essa mesma tonalidade pode ser tediosa para uns, muito escura para outros ou criar um forte contraste com o mobiliário e passar a ser um incômodo para quem não aprecia certo nível de contrapontos.
Conselhos cromáticos
Se você gosta de cor……
mas teme enjoar de uma parede em tom vivo, uma possibilidade é manter as superfícies neutras e utilizar os matizes mais alegres em algumas peças chaves do mobiliário ou em objetos como poltronas, pufes, almofadas, xales, vasos, etc..
Invista na cor, maneire no tom
Para não errar, pesquise
Fonte: mulher.uol.com.br